Um dos países com maior potencial turístico em recursos naturais do mundo, o Brasil apresenta centenas de parques naturais para turista nenhum botar defeito. Só as unidades federais somam mais de 300, sendo 74 abertas à visitação. São florestas, parques, reservas, entre outras, que ofertam aos visitantes, de Norte a Sul, trilhas, cachoeiras, cânions, dunas, rios, montanhas e praias. Diante da diversidade fica difícil escolher um destino só, não é? Conheça algumas opções para aproveitar esse patrimônio ecológico:
O nosso roteiro não poderia começar melhor: pelo Parque Estadual do Jalapão, em Tocantins. A Unidade de Conservação oferta aos turistas chapadas que parecem savanas africanas; além de inúmeras quedas d’água, como a Cachoeira da Velha, que mostram como a natureza desabrocha por ali. Imagine 100 metros de extensão em formato de ferradura e uma queda d’água abundante, depois de uma trilha cansativa. E como não falar do Fervedouro. Um dos principais símbolos do parque, o local permite ao visitante um mergulho sem a possibilidade de afundar. É isso mesmo, lá ocorre um fenômeno chamado ressurgência, que empurra a água para cima e oferta ao visitante aquela foto capa de revista.
O estado vizinho, no Maranhão, traz outro cartão-postal que é a cara do Brasil: o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. O local é um atrativo único e imperdível para quem busca turismo de aventura e contemplação da natureza. As famosas dunas de areia fazem parte dos seus 155 mil hectares. O parque abriga diversos ecossistemas como a restinga, o manguezal e o famoso campo de dunas, que ocupa 2/3 da área total da unidade. As lagoas interdunares que se formam no período chuvoso da região atraem turistas para um banho de água doce em meio à paisagem deslumbrante. O parque está inserido em três municípios maranhenses: Barreirinhas, Santo Amaro e Primeira Cruz.
Um parque que não pode faltar é o da Tijuca, no Rio de Janeiro. É nele que estão situados o Cristo Redentor e o Corcovado, símbolos da capital fluminense. O local possui a quarta maior área verde urbana do Brasil. Além dos ícones, os turistas podem percorrer as dezenas de trilhas com diferentes níveis de dificuldade e duração. O espaço conta ainda com mirantes, como a Vista Chinesa, que oferta um visual incrível da zona sul carioca; o Lago das Fadas, cercado por bromélias e árvores suntuosas, além do canto dos pássaros e a Agulhinha da Gávea, que impressiona os turistas pelo formato pontiagudo e é uma excelente região para a prática da escalada.
No Sul do país, duas unidades de conservação despontam na região. Os parques nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral são muito procurados por turistas e moradores da região por suas incríveis paisagens. Os espaços conservam campos e penhascos de mata atlântica que abrigam diversas espécies de animais e aves, como papagaios-de-peito-roxo e jaguatiricas. Um dos principais atrativos do complexo é o Itaimbezinho, um dos maiores cânions das américas que chega a alcançar até mil metros de profundidade. Passeio para todas as idades, o roteiro promete ao turista muita contemplação da natureza, passeios a cavalo, caminhadas por áreas remotas e banhos em cachoeiras que brotam do relevo acidentado.
No coração do Brasil, o Parque Nacional de Brasília tem como principal atração as piscinas formadas por minas d’águas, que surgiram na época da construção da capital federal. Para quem gosta da prática de esporte em contato com a natureza, o parque dispõe de duas trilhas de pequena a média dificuldade: a da Capivara – trilha para caminhada, indicada para crianças e a da Cristal Água – para prática de caminhada e de mountain bike. Os turistas também poderão encontrar diversos tipos de vegetação, tais como: a mata de galeria pantanosa, mata de galeria não pantanosa, vereda, cerrado sensu stricto, cerradão, mata seca, campo sujo, campo limpo, campo rupestre, campo úmido e campo de murundus.
REDETRILHAS – Alguns desses parques nacionais são cortados por trilhas pertencentes ao RedeTrilhas, iniciativa do governo federal que traz a união de percursos reconhecidos por sua relevância tanto para o turismo nacional quanto para a preservação ambiental das matas brasileiras.
As trilhas de longo curso podem ser percorridas por meio de locomoção não-motorizados, como trilhas de caminhadas, ciclismo e cavalgada. Já no uso aquático se dá por meio da canoagem. Propondo maior desenvolvimento para as trilhas, o ministério lançou a Cartilha que apresenta os critérios para avaliação de propostas de adesão à Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade.
Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro. Crédito: Arquivo MTur